sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O sol está lá fora

Está gravidíssima!! 
Foi o que disse minha GO ao olhar meu BETA no dia 09 de abril. Me pediu os primeiros exames pré natais e no mais, estava tudo bem.
Muito diferente de tudo o que eu temia, eu e meu marido estávamos muito felizes. Ele fazia planos para nosso bebê. Contava para todo mundo que encontrava pela frente. Reunimos a família e demos a noticia. Havia um novo serzinho que iria fazer parte da nossa história. Choro, emoções, alegrias. Abraços, sorrisos, fotos.
Meus pais não puderam estar presentes, então combinei com minha amiga gravidinha de irmos no fim de semana para visita-los e compartilhar dos nossos bebês.
No dia 13 de abril, saímos bem cedo. Pegamos a estrada e fomos falando sobre nossos planos de mães.
Os meus planos era lindos, mas não muito consistentes.
Eu tinha medo de dizer e parecer negativista, mas o fato era: eu não me sentia grávida. Como eu saberia o que era estar grávida se nunca havia ficado antes?
Não contei nada a ninguém sobre os meus pensamentos nebulosos. Mas meu coração me dizia o tempo todo que algo estava muito errado.
Eu olhava para minha amiga e via um brilho diferente... um jeito de falar radiante. Aquilo não tinha nada a ver comigo. Ela estava entusiasmada e eu apagada.
Saímos para comprar umas roupas de gestante. Ela mega animada, fazendo planos de como amamentaria com as novas vestes com botões na frente e eu achando tudo muito estranho. Eu queria achar a graça naquilo tudo, mas não conseguia.
Ela babava nas roupinhas de bebê, eu não conseguia querer comprar nada para o meu filho. Havia um sol que brilhava nela, mas não em mim.
Achava tudo lindinho, mas... algo não se encaixava.
De volta em casa, a rotina voltou.
Eu só teria consulta para mostrar os exames pré natais no dia 25.
No dia 22 de abril cheguei correndo em casa para pegar o material de um curso e resolvi fazer um pit stop para o pipi. Quando passei o papel higiênico achei que tivesse visto uma mancha marrom. Me assustei. Passei novamente e não tinha nada, mas aproveitei o ‘ensejo” para ir ao PS. Chamei o marido e lá fomos nós... eu chorando e ele sério, calado.
A GO que me atendeu disse que estava tudo bem. Não havia sangramento nenhum, o colo do útero estava fechadinho e meu bebê protegido. Pediu para que eu ficasse em casa por dois dias. Repouso absoluto só por uma questão de segurança. Depois disto, que retornasse ao hospital para fazer um US. Só para ver como estavam as coisas.

Hoje eu acho que Deus começou a me confortar muito antes de tudo o que eu podia imaginar que poderia acontecer. E sou grata a Ele por isto, todos os dias.

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