sexta-feira, 27 de setembro de 2013

E o sol brilhou

“...a natureza é sabia.” Quanto mais eu me lembrava desta frase, mais inconformada eu ficava.
Eu não tinha tanto tempo a perder! Estava ficando velha...quanta ironia!
Não dava mais para esperar sequer um dia. Resolvi procurar outro médico. Peguei o livrinho do plano e comecei a ligar. Consegui uma que me encaixaria em uma semana.
Uma semana e lá estava eu, em uma sala de espera cheia de grávidas! Comecei a pensar que talvez eu jamais estivesse ali pelo mesmo motivo. Tinha algo errado comigo e eu precisava descobrir. Entrei, me sentei e comecei a contar todo o ocorrido para a minha nova GO (ginecologista obstetra) . Ela me pediu um BETA HCG e disse que assim que ficasse pronto era para eu voltar lá que ela me passaria algo para fazer a M descer. Ufa! Lá vou eu, mais um BETA?? Ok, eu faço, pelo menos ela vai me medicar...
Passei no laboratório, colhi o sangue e fui embora. O resultado sairia no mesmo dia as 16 h.
As 17 h me lembrei do exame, entrei no site. Olhei o resultado. Mas cadê o “positivo” “negativo”. Ele era qualitativo. Valor: 31.000 e lá vai bolinha...
Huuum, o que será que deu nesse exame? Isso é 3,0 ou 0,3 ou 300 ou 3000?? Sabe quando o cérebro não entende o que vê?? O meu estava confuso. Tremi, não entendi. Tremi novamente. Fui para casa. Liguei para uma amiga que acabara de descobrir uma gravidez, ela havia feito o qualitativo, o tal “positivo” “negativo”, não podia me ajudar. Liguei para minha mãe, ela nunca tinha feito um. Não é possível, vai ver ela não lembra! Comecei a tremer ainda mais ...
Depois de muuitas horas tentando entender, a ficha caiu. Eu estava grávida! Como?? Dãamm...
A parte difícil era contar para o marido. Mas eu precisava.
No dia seguinte (05 de abril) levantei cedo, comprei flores, escrevi em um cartão algo do tipo “dentro de mim agora batem dois corações por você” e coloquei o exame junto. Escrevi  POSITIVO bem grandão e saí correndo. Não queria estar nem perto quando ele encontasse.
Esperei a manhã e a tarde toda que ele me ligasse. Meu coração parecia que ia sair pela boca. No fim do dia ele me mandou uma mensagem: “venham para casa, vamos comemorar”.

Respirei mais aliviada.

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