domingo, 1 de dezembro de 2013

Começando o Diagnóstico - Parte I

"Sabendo" em que dia do meu ciclo eu estava, resolvi marcar a minha histerossalpingografia. Este exame deve ser feito preferencialmente entre os dias 7 e 9 do ciclo, então eu sabia que o primeiro dia do meu ciclo fantasma teria sido dia 18 de novembro, então marquei meu exame para o dia 25. Gente, olha que feliz eu fiquei quando soube que minhas contas estavam certinhas! Pensa numa pessoa feliz?? Eu!! No dia 19 menstruei depois de longos 5 meses!
No dia do exame, lá fui eu toda confiante. Tomei dois comprimidos de buscopam e fui. Conheço algumas pessoas que fizeram este exame. Umas não sentiram nada, outras sentiram dor. Eu senti muuuita dor. Desta vez vi minha avó pela greta mesmo. O exame é super rápido, mas o suficiente para ser inesquecível no quesito "uma vez pra nunca mais".
"A histerossalpingografia nada mais é do que um raio-x contrastado da cavidade uterina e de suas tubas. Ele é realizado em série, com a injeção de um líquido (contraste iodado) através do orifício do colo do útero, com o auxílio de um catéter (sonda) fino. Tem como principal objetivo avaliar a morfologia das tubas uterinas e, através desta análise, inferir sobre sua função reprodutiva. Pode também oferecer dados sobre a anatomia uterina, como a presença de mal-formações Müllerianas (útero bicorno, unicorno, septado etc), presença de pólipos ou miomas e sinéquias uterinas."
Terminado o torturante  exame a surpresa: "Imagens compatíveis com sinéquias, principalmente na região do corpo. Irregularidades na região fúndica, compatíveis com adenomiose. Livre passagem do contraste para a cavidade peritonial, bilateralmente."
Próximo passo: levar o exame para o GO e encarar um tratamento. Se houver um....

Adenomiose:
"Esta doença é muito semelhante à endometriose quanto à sintomatologia. Entretanto, sua origem e formas de tratamento são bastante diferentes. Atinge com mais freqüência mulheres com idade entre 35 e 50 anos, sendo que a grande maioria possui filhos antes do diagnóstico já que é graças ao parto ou a antecedentes de curetagem que surge a adenomiose. Após trabalho de parto ou curetagem o endométrio encontra áreas mais frágeis próximas ao miométrio e invade a musculatura uterina. Assim, de forma semelhante à endometriose, o endométrio se desenvolve fora do local de origem, mas nesses casos no meio do músculo uterino, o miométrio. 

Tratamento:

Não apresenta bons resultados com hormônios e por isso costuma ser tratada por cirurgia. É fundamental que o diagnóstico seja feito com precisão para evitar procedimentos cirúrgicos desnecessários. A cirurgia mais empregada, quando a mulher não tem mais desejo reprodutivo é a histerectomia, ou seja, a retirada do útero. Esta cirurgia pode ser realizada por videolaparoscopia, via vaginal ou pela via convencional, com incisão semelhante à utilizada no parto cesário.

Raramente, quando os exames mostram apenas a presença focal (o adenomioma), e a mulher possui desejo reprodutivo,  podemos tentar a cirurgia conservadora com a retirada apenas do nódulo."

Seja o que Deus quiser.

Um comentário: